Este post
vai ser rápido, assim como foi esse ano de 2016, assim como foi tudo que
aconteceu esse ano - rápido e intenso. Em Maio deste ano tive a oportunidade de assistir o Jason Bonham,
filho do grande Baterista do Led Zeppelin, John Bonham tocar no House of Blues
Dallas. Na oportunidade ele tocou uma das músicas que mais gosto do Led, que é
Whole Lotta Love, gravei o vídeo abaixo:
Jason não toca
simetricamente todas as notas que o pai tocou na gravação original (ele pula algumas viradas e introduz outras), ele adiciona
seu próprio estilo na música e ficou muito bom. Pois é, ontem tive a
oportunidade de tocar neste mesmo palco, nesta mesma plataforma que Jason tocou,
e a mesma música.
Fechando o
ano com mais um “green mark” no meu checklist de “sonhos alcançados”....pois é amigos, a vida não é só trabalho e se todos seus sonhos são ao redor de
trabalho, é bom rever seus conceitos - pois o tempo passa rápido e muitas vezes ao vivermos no eterno foco do trabalho, esquecemos de viver outras experiências. Mantenha o baleceamento entre trabalho,
família, amigos e hobbies pessoais. Será mesmo que todos seus sonhos giram em
torno de se suceder bem no emprego? É só isso mesmo que você quer da vida? Na
minha entrevista (em inglês) para o programa de rádio da Laura Steward, tanto eu quanto a Jodi Miller
falamos disso com muita ênfase, ouça a entrevista abaixo e reflita sobre o
assunto.
Obrigado
2016, você foi muito, muito bom mesmo. 2017, agora é sua vez de exceder as
expectativas e ser ainda melhor! Opa, mas isso depende também que eu faça minha
parte e extenda meu esforço para bater a mim mesmo no próximo ano. Então vamos
nessa!
Hoje me
ponho a refletir sobre o quão rápido o tempo passa, na realidade tal reflexão
começou no início do mês de Dezembro quando minha filha mais velha completou 17
anos, e eu ainda com a memória viva em minha mente do dia que ela nasceu, quando
eu era capaz de segurá-la com uma mão. A medida que o tempo passa, os cabelos
brancos passam a ser a maioria e você se da conta que a maior parte do seu
tempo aqui na terra já passou, você começa a refletir sobre o que você queir
deixar, não só para seus filhos, família e amigos, mas para pessoas que ainda tem
uma vida inteira pela frente, ou pessoas que se encontram naquele momento de
baixa estima, pessoas que de fato precisam de motivação para continuar.
Por este
motivo eu venho me dedicando a ajudar meu antigo treinador Greg McCoy no
projeto de Transformação Física de pessoas. Participei do Transformation 1, 2 e
3 como coach motivacional para o o grupo. É um trabalho voluntário, mas que
traz algo sem preço: ver pessoas mudarem e serem mais felizes. Lançamos o
Transformation 4 (ver vídeo abaixo) que começa em Janeiro, e estarei mais firme
que nunca neste papel motivacional para todos os inscritos.
O tempo
também trás surpresas, essa semana fui entrevistado em um programa de rádio deuma autora de livros aqui nos EUA, Laura Steward. Conheci a Laura em uma
palestra que ela ministrou na Microsoft em 2013 e quando estava escrevendo meu
livro Alcance seu Melhor, citei o nome dela como uma fonte de inspiração para
mim escrever este livro. Durante a entrevista ela não só me disse que adorou o
livro mas que eu ler minhas palavras, ela chorou. Fiquei sem palavras ao ouvir
isso, pois a Laura é uma super profissional, escritora e já palestrou para
centenas de empresas grandes, viaja o mundo todo, e aqui vem ela dizer que eu a
emocionei. Sem dúvida fiquei lisogeado e muito agradecido pelo depoimento.
Mas foi dia
15 de Dezembro que algo muito gratificante aconteceu, tive a oportunidade de
palestrar para 92 estudades de uma Escola Pública de Itapipoca / Ceará. Essa é
a segunda vez que faço isso, última vez foi em 2014 e ontem foi especial, pois
o tema da palestra era sobre “Alcançar os Objetivos”. Para mim, poder motivar
essa geração de meninos e meninas a buscarem o sonho deles, não limitarem a
visão do agora como sendo o futuro, foi extremamente gratificante. A palestra
está disponível abaixo e no final tem um ótimo bate papo de perguntas e
respostas:
O nível de
atenção de todos eles enquanto eu falava me mostra que é justamente nos atos
mais simples que nos encontramos a satisfação completa.
E
claro, no final esta bela foto que me enche de felicidade, ver o sorriso de
cada um deles, jovens com uma vida inteira pela frente e que devem continuar
sonhando em algo melhor, acredidanto em si e que o resultado vem com o fruto do
esforço pessoal.
Pois é,
hoje fico mais velho, e como é bom ficar mais velho....sério mesmo, pois com o
amadurecimento você consegue começar a ver coisas que você não via antes.
Reconhecer o que era tido como “normal”, como sendo uma coisa que te motiva, os
conceitos mudam, a perspectiva muda e tudo muda para melhor, pois agora você se
preocupa muito mais em ver o sucesso do próximo que o seu pessoal, na realidade
seu sucesso pessoal passa a ser uma consequencia de tudo isso. Tem uma frase no
filme Rocky Balboa, onde ele está tentando readquirir a licença de boxeador
dele, e ele diz:
“Sabe de
uma coisa, quanto mais velho eu fico, mais coisas eu tenho que deixar para
trás, isso é a vida.”
Sem dúvida,
já perdi Tios, Tias, meu Pai, amigos, e quanto mais avanço na estrada da vida,
mais coisas vão ficando para trás, mas não posso reclamar do trajeto natural da
vida, pois sou abençado de poder viver, de poder ver minhas filhas crescendo
com saúde, de poder fazer o que eu gosto, de ter encontrado a esposa perfeita
para mim (minha esposa), de ter uma mãe que fez tudo por mim (e ainda faz), de
ter amigos espetaculares, de ter pessoas que acreditam no meu trabalho. Por
este motivo é que a cada aniversário eu celebro a vida, a experiência que
aumenta, as novas experiências e sempre olhando para frente e pensando: o
melhor ainda estar por vir.
Recentemente
estive em Atlanta, participando do Ignite 2016 e por conscidência do destino,
um grande amigo que não via a 15 anos (desde que ele se mudou para o Canadá),
estava também em Atlanta a trabalho e tivemos a oportunidade de jantar. Antes
de mais nada foi ótimo ver o “cabra”, amigo, cearense nato e que tem um mindset
muito parecido com o meu em vários pontos. Pois bem, conversa vai, conversa vem e começamos a tangenciar para o assunto de forma física, alimentação, disciplina, etc. Durante a
conversa citei um livro que estou ouvindo via Audible, chamado “The
Power of Habit” (O Poder do Hábito).
Isso foi a deixa perfeita para a
pergunta: como manter o hábito enquanto está viajando? Essa pergunta faz total
sentido para minha situação, pois trabalho de casa e com isso tenho um controle
maior sobre meu tempo, meus horários de break, minhas alimentações a cada três
horas, etc. Com o estilo de vida que vivo, procuro antes de qualquer viagem
(antes mesmo de comprar as passagens) olhar uma série de coisas, como:
Tem microondas
no hotel?
Se não tem,
tem como alugar um?
Tem mini
freezer no quarto?
Se não tem,
tem como alugar um?
Tem
academia no hotel?
Se não tem
academia no hotel, tem alguma por perto?
Neste
pequeno questionário de três perguntinhas consigo abranger parte dos elementos
básicos da minha rotina: alimentação e treino. O resto fica para a agenda da viagem
do trabalho, que por sua vez também é estudada e avaliada com antecedência. Por
exemplo: procuro agendar encontros sociais (como jantar) com amigos para
restaurantes que tenham uma opção mais “clean” de comida. Muitas vezes vou dou
preferência ao Cheesecake Factory, que apesar do nome sugerir que só tem
Cheesecake, na realidade não é verdade, tem tudo, inclusive um salmon com
brocollis que é uma delícia.
Após este
planejamento inicial, já começo a preparar-me psicologicamente para uma nova
rotina começando na Segunda. Por exemplo, quando vou para Redmond (e irei mês
que vem para o Blue Hat), já sei que tenho que acordar 3 da manhã (que por sua
vez é 5 da manhã aqui no Texas). Arriégua mah, por que? Justamente por que não
quero alterar minha rotina de acordar todo dia as 5 da manhã. Mantenho a minha “Time
Zone” de origem e no máximo as 8 da noite (10 no Texas), procuro estar de volta
no hotel.
Ouvindo
este livro passei a enteder vários fatores relacionados a importância de manter
uma rotina para alcançar o sucesso em uma determinada área. A repetição
constante de uma ação traz a perfeição, e no ponto de vista de saúde, isso é
ainda mais válido. Muitas pessoas desistem de um programa de mudança física
pois se for fazer corretinho, leva tempo para ter resultados sólidos, mas é
justamente esse o ponto. A consistência na execução do plano que vai trazer
resultados reais a longo prazo.
Essa semana
fui designado a fazer o mentorhisp de uma amiga de trabalho, e na conversa que
tive com ela essa semana citei justamente isso: consistência na execução. Sempre
tentando executar melhor que o dia anterior, sempre tentando buscar o melhor de
si nas pequenas tarefas, pois no final os detalhes tem um peso enorme.
O hábito de
executar um plano, mesmo que você fisicamente não queira, não esteja “com
vontade”, é o que vai diferenciar o resultado final: sucesso ou falha.
Manter-se motivado quando tudo está dando certo é uma maravilha, todo mundo
celebra, todo mundo comenta e todo mundo compartilha....agora buscar forças
para se auto motivado quando tudo está dando errado, mas você sabe que é
preciso olhar pra frente e continuar executando, aí é que mora a verdadeira
vitória e o verdadeiro vencedor. As circustâncias nem sempre vão ser boas, e isso
faz parte, é normal e esperado. Cabe a você a sempre olhar por oportunidades de
crescer, mesmo que o cenário pareça sem esperanças.
Crie o
hábito de fazer correto, executar com precisão e de forma constante, na hora
certe colherás o fruto desta fórmula e se não colher no tempo que esprava, é
por que não calculou correto, com isso continue executando até ter o resultado
que quer.
Os últimos 30 dias para mim foram super intensos, pois foi a reta final de algo que
começou em Abril deste ano. Em Abril comecei minha preparação para o campeonato
NPC (liga amadora de fisiculturismo dos EUA) Vickie Gates. Foram 16 semanas de
treino intensos, mas sempre lembrando que isso é meu hobby e não meu trabalho,
ou seja, não poderia deixar isso influenciar nas minhas atividades no meu
trabalho na Microsoft e nos meus projetos a parte, pois estava escrevendo o
livro de Azure
Security para Microsoft Press (que apesar de ser Microsoft, não tem nada
haver com o que faço durante o dia na Microsoft em si – é um contrato a parte e
só posso escrever fora do meu horário de trabalho). Para completar minha
escassez de horário, resolvi entrar na banda de adultos da School of Rock, com ensaios semanais as
quartas, de 8:45 as 11 da noite. E também fui convidado pelo meu antigo treinador
(Greg McCoy) para ser coach motivacional do grupo de pessoas que estavam no
desafio de Transformação (Transformation
Challenge).
No topo disso minha vida particular não pode ser afetada, acompanhar minhas filhas nas atividades delas, piscina em churrasco no final de semana com as meninas e esposa, em fim...tudo que tem que ser feito.
Como parte
do treinamento de preparação para o Vickie Gates, tinha que treinar duas vezes
por dias nas primeiras 12 semanas, e no último mês, 3 vezes por dia. Durante o
primeiro treino que ocorria 5 da manhã (1 hora de cardio em jejum na escada),
eu sempre procurava ouvir um livro motivacional (via Audiobook) e no último mês
resolvi ouvir o livro The
Golden Rules: 10 Steps to World-Class Excellence in Your Life and Work –
escrito por Bob Bowman (treinador do Michael Phelps).
Esse livro
para mim foi um fator determinante do meu sucesso nestes últimos 30 dias, tá
certo que esses últimos 30 dias foram o “sprint” final, pois não devo ignorar o
trabalho realizado a cada mês desde Abril, mas muitas vezes é na reta final que
você pode cometer erros que vão colocar todo o trabalho dias meses em perdição,
e era isso que estava tentando evitar. O livro traz 10 regras básicas para
suceder no esporte, na carreira e na vida como um todo. O Bob fica falando
sobre as regras e exemplificando como elas foram aplicadas ao Michael Phelps
durantes os 15 anos que trabalhou com ele (esse é um livro novo, saiu aqui nos
EUA agora em Maio, então cobre também fatos da preparação para Rio 2016).
Quanto mais
eu ouvia, mais eu me identificava com coisas que eu já fazia, inclusive coisas
que usei no meu livro Alcancer seu Melhor, pois são coisas que quando começamos
a fazer vimos que é básico, todo mundo sabe, mas nimguém faz, justamente por ignorar
o fator de que os pequenos detalhes fazem a diferença. Por exemplo, regra 5.1
do livro do Bob: “Sucesso se torna uma rotina quando você tem uma rotina”. Eu
sou movido a rotina, até mesmo quando estou viajando que minha rotina vai sair
do normal, tento planejar como será cada passo da minha semana neste local
remoto, que horas devo acordar para treinar, que horas devo me alimentar, como
irei desempenhar minhas tarefas fora de casa, que horas vou falar com minhas
filhas e esposa via Skype...tudo está coberto. Sei que somos humanos, e sei que
não temos controle do tempo, da natureza e da grande maioria das situações, mas
se temos uma rotina e temos um plano diário para executar, pelo menos temos um “norte”
para seguir e fazer acontecer, podemos não ter controle de tudo, mas temos que
ter a resposabilidade de dizer: o que eu tinha para fazer e estava no meu
controle de executar, eu fiz conforme o planejado.
A
disciplina de fazer acontecer diariamente é o que vai determinar o que você
colhe no futuro, sem sombra de dúvida. Pois bem, o primeiro desafio de Julho
foi dia 22 de Julho, bater o peso de 185 libras para entrar na categoria meia
pesada do Vickie Gates, feito com sucesso. Entrei em 4 divisões, ganhei 3 e fiquei em quarto
lugar em outra: missão cumprida!
E agora? Neste âmbito estava coberto, pois já sabia que o que queria. Após competir no Sábado e ganhar, tirei o Domingo off de treino e na segunda voltei para o treino e para o programa nutricional. Olhando para frente e pensando: agora estou a 4 semanas da próxima competição: Bob NPC Championship! Vamos nessa.
Agora veja bem, isso foi no sábado, tirei o Domingo off de treino e no Domingo a noite viajei para Seattle para participar do TechReady (maior evento técnico interno da Microsoft), iria palestrar sobre Azure Security Center. Mantive meu plano nutricional em pleno um evento cheio de “guloseimas”, treinei todos os dias 4 horas da manhã, para não atrapalhar o evento e para também ter tempo de estudar. Entreguei a palestra com sucesso, ótima avaliação do público com score de 4.78 (de 5), volto para casa realizado e sabendo de uma coisa: ainda não acabou. Chegando em casa dia 29 de Julho, reviso o último capítulo do livro de Azure Security e entrego a revisão final. O prazo que recebemos da Microsoft Press para entregar o livro completo era dia 30 de Julho, finalizamos dia 29, mais uma missão cumprida. Mas, o melhor de tudo era saber: ainda não acabou!
Semana
seguinte começa ocupada, entrevista para o Canal 9 sobre
Azure Security Center e OMS, feita com sucesso e já vistas 19 mil vezes
(até agora), em seguida recebi uma ligação de uma jornalista da TechTarget me
pedindo uma entrevista sobre Segurança de dispositivos móveis, feito
e publicado por ela.
De alguma forma essa agenda que para muitos parece louca, para mim torna-se divertido, pois é “diversificada” e “desafiadora”, mudar minha mente para tocar bateria com a banda, depois treinar para um campeonato de fisiculturismo e depois imegir no mundo de tecnologia e segurança, me deixa motivado....e ter minha linda família ao meu lado para celebrar tudo isso me traz a paz e a motivação para continuar. Ontem meu
mês chegou a 99% do fim com um ótimo terceiro lugar em um
campeonato lotado de grandes atletas, mais uma excelente experiencia para mim que estou sempre procurando aprender mais e mais neste esporte.
Digo 99% pois hoje tenho minha estreia na bateria da banda da School of Rock, tocando em uma das maiores casas de show aqui da redondeza de Fort Worth, o famoso Billy Bobs. O melhor de tudo é que o show começa com a Ysis tocando bateria (Hole in the Sky do Black Sabbath), depois entra a Yanne cantando Eagles e eu termino a noite com Guns and Roses e outras músicas. Sem dúvida um desfecho perfeito para este final de semana.
Mas sabe o que é o melhor de tudo? É que eu sei a resposta do: e agora? Sabe por que isso é importante? Pois um dos grandes problemas de algumas pessoas que chegam ao seu destino é não saber que aquele destino NÃO pode ser o final, a vida é uma eterna (enquanto estamos vivos claro) jornada de conquistas e perdas, mas sempre precisamos olhar para frente e procurar o progresso. Não saber para onde ir ao chegar no destino pode ser a diferença entre um sucesso temporário e um sucesso constante. Quantos atletas Olímpicos (principalmente os que não tem patrocinio) ganham a sonhada medalha e depois se perguntam: puxa, e agora que consegui, o que faço com isso? Muitos não sabem capitalizar em cima desta conquista e sequer sabem o que fazer de agora em diante.
Por isso
digo: na vida você sempre tem que ter a visão de onde você quer chegar, mas
sempre sabendo que SEMPRE, sempre há algo mais e que você enquanto estiver
vivo, poderá continuar evoluindo, desde que tenha saiba como trabalhar sua
mente para manter-se auto-motivado a
desafiar-se mesmo quando todos estam lhe aplaudindo dizendo que você já fez
tudo que tinha que ser feito. Sempre há algo mais para fazer, nem que para isso
você tenha que abraçar outra área. Quer exemplo melhor? Michael Phelps se aposentou
e a declaração dele no final foi: isso não é o fim mas o começo de outra
jornada. Como li o livro do técnico dele, sei do que ele está falando e anote:
o Michael vai fazer ainda mais pelo esporte da natação fora das piscinas do que
ele fez dentro e é esse o grande desafio dele agora.
Em suma:
não há fim, apenas pequenas pausas para celebrar uma conquista e ficar feliz
pelo começo de outra jornada.
A cada dia
que passa vejo o quão importante é ter um bom equilíbrio familiar, onde tudo
começa (no meu caso) na escolha de uma esposa que agregue, que te traga paz e
seja sua parceira em todos momentos. Mês que vem vou completar 18 anos com
minha esposa, não comemoro data de casamento, pois na realidade minha vida
começou a mudar positivamente desde o dia que à conheci em 1998. Depois que
encontrei esse equilíbrio minha vida mudou para melhor, e com vários “upgrades”,
que foram minhas filhas Yanne e Ysis.
Estou
tocando neste assunto pois ontem durante uma reportagem com o Phelps ele disse:
“nunca vivi um momento tão bom na minha vida, tenho um filho, uma linda esposa
que me ama, tenho todos que me amam ao meu redor e faço o que gosto que é nadar
– tenho paz.” Ontem notei o quanto o Phelps se emocionou durante o recebimento
da sua 4 medalha de ouro seguida (22 no total até agora), e pensei: “poxa, esse
cara já viveu esse momento 22 vezes e ainda está chorando ao ouvir o hino? Tem
algo a mais aí.” E não deu outra, depois do hino a reporter fez justamente essa
pergunta e ele disse: “é que naquele momento muita coisa passou na minha
cabeça, o que vivi até agora, os problemas e como é bom estar aqui e vivendo
este sonho.”
Aqui
estamos falando de um cara que antes das Olimpíadas de Londres estava
totalmente desequilibrado, brigando com o treinador, faltando treinos e
fazendo besteira na vida pessoal. Mesmo assim ganhou seis medalhas em Londres,
porém no mesmo ano (2014) a falta de estabilidade emocional ainda tomava de conta
dele, e ele foi pego pela polícia dirigindo bêbado. Em uma entrevista
100 dias antes das Olimpíados do Rio ele disse: “naquele dia que fui preso,
minha mãe apenas ficou feliz de eu estar vivo, pois ela estava vendo que eu
estava indo para um caminho sem volta.” Phelps ficou 45 dias em Rehab
(Reabilitação) e enquanto estava lá, um amigo da NFL (Ray Lewis) o presenteou
com um livro chamado “The
Purpose Driven Life”, onde ele literalmente disse:
“não tenho como lhe agradecer, esse livro salvou minha vida.” Meses depois ele
pediu a noiva em casamento e em seguida teve um filho. Pronto, nascia um novo
Phelps!
Neste
pequeno trecho temos quatro grandes fatos:
O suporte
incontestável da mãe (já que o Pai saiu de casa quando ele tinha apenas 9 anos)
Amigos de
verdade que vão aparecer não apenas para celebrar vitórias, mas sim nos
momentos mais necessários (durante as derrotas)
As palavras
que ele leu no livro (que não quero entrar no âmbito de religião, mas que tal
livro basicamente fala de Deus)
A
construção de uma família, uma esposa que apoia e um filho....que é o maior
presente que qualquer pessoa pode ter na vida
A vida
muitas vezes parece complicada, mas quando observamos que com estes quatro
fundamentos podemos construir uma base para alcançarmos nossos objetivos, as
coisas ficam menos complicadas. Sem uma base sólida, onde estes quatro pilares
existam (e se você é ateu tudo bem, pois você vai dispensar o terceiro pilar
por uma questão de crença – e eu respeito sua opinião, desde que respeite a
minha), a vida fica um pouco sem sentido e por isso mesmo uma pessoa de sucesso
como o Phelps, passou por momentos onde ele perdeu a paixão por fazer o que ele
mais ama, que é nadar....pois na época também perdeu a paixão por viver, que é
algo incrível que temos o privilégio de fazer todos os dias.
Ao
contrário da Copa, onde o foco era apenas um esporte, as Olimpíadas trazem
diferentes esportes e diferentes perspectivas de preparação física e mental
que cada atleta precisa passar. Existe um clima diferente ao se dizer: sou um
atleta olímpico. Independente de qual país seja, um atleta olímpico está alí
depois de muito esforço pessoal, não interessa se o mesmo está em um país rico
ou pobre, o esforço individual da classificação para tornar-se um atleta
olímpico tem que ser respeitado.
Muitos
deles tem um grau de dificuldade de vida maior, mas na hora que estão na
quadra, no tatâme, no campo, na pista, na piscina, ou seja onde for: eles são
todos atletas olímpicos e precisam ser respeitados por isso. Respeito esse que
vai muito além de partido político, situação financeira do páis a qual o atleta
representa, regime, religião ou qualquer outra influência externa. Trata-se de
um atleta que passou anos se preparando para talvez performar por apenas um
minuto, e esse um minuto para ele é sagrado e precisa ser aplaudido – e não
vaiado.
O
desrepeito ao vaiar-se um atleta olímpico é uma falta de educação tremenda, que
infelizmente é algo que vem acontecendo no Rio 2016. Sim, a festa de abertura
foi perfeita, foi fantástica, agora vamos também mostrar educação durante
os jogos, pois o que se vê são manifestações como se estivesse ali jogando dois
times de futebol local. Você sabe o que um atleta olímpico ralou para estar ali
e você vaiar? Então cale-se!
Atleta
olímpico é superação independente de nacionalidade, por sorte ontem tivemos uma
Brasileira que mostrou uma raça e um coração enorme, que talvez muitos
brasileiros (os que criticaram ela) nem mereçam. Não tenho dúvidas que a
disciplina militar da Marinha
do Brasil ajudou a esculpir esta campeão, que enfrentou críticas e
preconceitos. Mostrou que disciplina, consistência e acima de tudo: vontade de
vencer acreditando em você e nas suas capacidades, podem lhe levar longe.
Parabéns Rafaela!
E para quem
acha que no esporte existe fronteiras e que só por que está nos EUA já vai dar
tudo certo, Simone
Biles é um exemplo de quem teve sérios problemas na infância. Filha de uma
mãe viciada em drogas acabou tendo que ser adotada por uma outra família e
nessa turbulência, encontrou no esporte (ginástica) uma forma de concentrar
seus esforços e sua força. Hoje está no Rio, entre uma das melhores dos time
dos EUA.
Para os “não
atletas”, muitas vezes um minuto não é nada, e é aí que muitos cometem um
grande erro: ignorar os detalhes. Na minha época de colégio, como golerio de
Futsal eu tinha a noção que um minuto era suficiente para mim ser o heroi da
partida ao defender uma bola difícil, ou o vilão ao levar um frango. Então
sempre me antentei muito aos pequenos detalhes, depois que deixar de ser atleta
e o bucho cresceu, comecei a ignorar um pouco os detalhes, inclusive o tamanho
da pança. Somente depois de voltar a ser atleta já nos 39 anos, vi o quão
importante é manter-se atento aos detalhes em tudo que faz nada vida.
Quantas
pessoas eu já entrevistei para entrar no meu time na Microsoft que bombaram
logo nos primeiros 2 minutos por falta de preparação? Várias! Esta primeira
impressão e este primeiro contato fica marcado, e torna-se complicado reverter
(note que digo complicado, e não impossível). O mesmo ocorre quando estou
palestrando, e tento fazer dos primeiros minutos da palestra algo que
imediatamente faça com que o cara pense: opa, vim para o canto certo!
Detalhes...detalhes e mais detalhes!
No
fisiculturismo treinamos o ano todo para 1 ou 2 minutos de comparação no palco.
Tudo é importante, não só o tamanho muscular, mas a definição, simetria e
principalmente: como você se apresenta. Na minha última competição estava
esperando entrar e no backstage vi que o grupo era equilibrado, mas tinha um
cara que se destacava, e pensei: é, esse aí pode me bater. Porém ao entrar no
palco e começar as poses mandatórias para avaliação, percebi que ele não sabia
pousar, o cara era grande, mas não sabia contrair o músculo ao ponto de
destacá-lo. Durante minha preparação treino isso pelo menos um hora por dia,
três vezes na semana. Repetitivo, uma hora de poses mandatórias, faz, refaz,
faz de novo, até exaustão. Então para mim, ao perceber isso, não só me senti mais
confiante mas também usei ao meu favor.
Preparação
é super importante! Desde 2011 eu e o Tom Shinder palestramos juntos, e uma
coisa que sempre fazemos duas semanas antes da nossa apresentação é ensaiar.
Fazemos uma sessão Skype, compartilhamos nossa deck e cada um fala sua parte.
Identifcamos pontos de melhora um do outro e partimos adiante para melhorar no
segundo ensaio. Ao chegamos no palco sabemos exatamente o que cada um vai
falar, o ponto que devemos interromper, e até mesmo as brincadeiras que podemos
fazer.
Minha filha
Ysis tem 7 anos, começou a tocar bateria com 6 e já fez vários shows aqui no
Texas. O Professor dela no último show deu uma música considerada difícil para a
idade dela, trata-se da música Eletric Funeral do Black Sabbath. No primeiro
dia que estavamos em casa tocando ela literalmente chorou dizendo que era muito
difícil e não ia conseguir. Eu olhei para ela e disse: você vai conseguir, mas
para isso você precisa praticar, e depois pratica mais, e quando estiver
cansada, pratica mais ainda. Ela respirou fundo e voltou para bateria, ficou
praticando e melhorando. Durante um mês ela tocava essa música todo santo dia,
mais de uma vez por dia. Resultado: no dia do show arrebentou! Prática leva a
perfeição, em tudo que se faz na vida.
Temos muito
para aprender com os atletas que praticam seus movimentos diariamente, várias
vezes por dia até a exaustão. Temos muito que aprender com estes atletas que
nunca desistem, mesmo quando a situação não está favorável. Temos muito que
aprender com estes atletas que estão sempre atentos aos detalhes.
Da próxima
vez que pensar em vaiar um atleta, reflita e apenas aplauda!
Semana
passada conversando com um amigo ele me falou dos altos e baixos na vida dele,
principalmente no quesito balança. O efeito sanfona das “dietas” de fases e dos
shakes milagrosos. Uma das coisas que ele indagou foi: “cara, vejo que você
tinha um objetivo para emagrecer, queria ser fisiculturista, eu não tenho essa
motivação e nem quero isso.”
Uma das
coisas que as vezes pode não ficar claro é que quando comecei a emagrecer, o
fisiculturismo era uma visão de futuro, tanto é que comecei minha jornada em
Outubro de 2011 e só subi no palco pela primeirav vez em Junho de 2014, porém
um ano após o começo da minha jornada já tinha perdido 45 kilos e já vivia
melhor. Sem contar os problemas de saúde que citei no post anterior. Mas o fato
é que sempre temos um motivo para mudar, e se você acha que não tem razão para
mudar, então estas em uma zona perigosa, que é a zona de conforto. Sempre há
algo na vida que pode ser melhorado, pois ficar nesta zona de conforto pode
trazer estagnação e com isso retardamento do progresso. Novamente, estou
falando em tudo na vida, não só fisicamente, até na carreira se você nao
estiver sempre com novos desafios, voce cai na mesmice e se você se acostuma na
mesmice, você apenas “bate o ponto” no dia a dia da vida.
Essa semana
minha filha mais nova completa 8 anos, e revendo alguns vídeos antigos achei
este vídeo onde estava com ela, ensinando os primeiros passos e quando vi como
eu era pensei: como cheguei a esse tamanho?”. Ao mesmo tempo fiquei satisfeito
em ver que no momento em que pensamos é hora de mudar, e partimos para cima com
um plano de ação que será executado constantemente, temos resultados. Como diz
essa música do Aerosmith, sonhe....sonhe até que seus sonhos virem realidade.
Uma boa
semana para todos e que seus sonhos se transformem em realidade!
Na vida
tudo é uma questão de perspectiva e momento. Existem alguns momentos da vida
que o tal do “foco” é tão grande em uma coisa que simplesmente esquecemos
outras que estam ao nosso redor. Sempre que alguém diz para mim: “queria ter
seu foco para conseguir emagrecer”, eu penso: na realidade eu deixei de lado a
palavra foco para olhar para o todo. A palavra “foco” as vezes não é empregada
da forma correta, pois é exageradamente usada ao pé da letra: meu “foco” é
passar na prova custe o que custar. Humm, custe o que custar? Até se lascar
todim? E o custo benefício disso? E depois que se lascar e passar na prova, o
nível de dano causado é remediável? Macho....muita calma nessa hora.
Foi
justamente quando mais empreguei a palavra foco (entre 2003 e 2010) que lasquei
minha saúde. Sim, foquei no trabalho, promoções, escrever meu primeiro livro em
inglês, fiz tudim que na época disse que estava “focado”, mas o custo disso foi
alto, muito alto. Tão alto que até hoje sofro consequências disso. Vamos lá, em
2010 fui dianosticado com “artrite no joelho” (tinha 36 anos macho...e achava que
isso era doença de velho), para você ter idéia do nível, eu não conseguia subir
uma escada que o joelho ou doía ou travava e eu ficava todo duro no meio da
escada. Era deprimente! Aí em 2011 fiz uma ultrasom abdominal e detectei que
estava com gordura no fígado, e o nível de gordura visceral era grande. Aí tu
pergunta: e o que isso tem haver com o foco? TUDO! Eu estava “focado” na minha
carreira e esquecia até de me alimentar corretamente, comia umas 5000 calorias
por dia, toda composta de junk food (tava quase sócio do McDonalds e do Burguer
King). Como diria uma amigo paulista: fOdido!
Foi aí que
resolvi mudar (ler este post) e tudo ficou beleza (não da noite pro dia). Quando
digo que ainda hoje eu sinto consequencia do uso errôneo da palavra “foco” é
por causa de algo que até hoje tenho: gordura visceral. Para os que me
acompanham sabem que competi mês passado aqui no Texas e pela primeira vez
ganhei uma competição (essa foi a minha terceira em três anos). Abaixo uma foto
de como estava no dia da competição:
Quem olha
essa foto já pula e diz: bicho, tem quase nada de gordura!! De fato, gordura
subcutânea eu medi e deu 6%, porém fiz um teste avançado (sem uso do calibre
que faz a leiura apenas da gordura subcutânea) e o resultado foi: 14% de
gordura. Arriégua mah, sério? Sério, só faltei dar uma voadora no médico, mas
ele foi logo me explicando: "51% desta gordura é visceral" ...diabé isso mah? Olha aí doidim onde fica essa gordura, entranhada nos orgãos:
No gráfico abaixo do
meu exame, note que o fitness score está quase 100% - o que mostra minha condição física boa, mas a gordura visceral tá lá, 51.9% para ser mais preciso. O médico continuou a explicação: “como você foi obeso por mais de uma
década, você acumulou muita gordura visceral, isso não está lhe atrapalhando e
nem é perigoso neste ponto, pois o que tem aí é pouco, portanto não fique
decepcionado, faz parte e essa gordura talvez diminua em para 25% daqui a uns 5
a 10 anos se você continuar fazendo o que faz hoje”.
Pois bem,
duas coisas importante que quero deixar para você refletir sobre este post:
Não se compare com nimguém: cada pessoa tem uma necessidade
física diferente, não deixe números guiarem como você se sente, não é por que
um exame avançado me mostrou que tenho 14% de gordura onde 51% é visceral, que
eu vou ficar doido...pelo contrário, o importante é como você se sente. E isso
vale para tudo, se você está em um “shape” que se sente bem (mesmo que esteja
acima do peso), então seja feliz, mas lembre-se que gordura no corpo não traz
benefícios e não é por que seu colesterol está bom que você é um gordim
saudável (eu pesava assim até mes lascar todo). Tenha sempre acompanhamento
médico para saber seus números e monitorar a evolução deles. Por fim, não se
compare com outros pois não é justo para você e nem para a outra pessoa, são
dois corpos diferentes, metabolismo diferente, genética diferente, necessidades
fisiológicas diferente....emfim, não da para comparar.
Cuidado com o uso execessivo da palavra “foco”: o foco não pode ser cego, sempre
observe todos aspectos da sua vida, sua família, seu trabalho, sua carreira,
seus hobbies, seus valores, sua saúde e tudo que é importante para você.
Mantenha o balanceamento de tudo, e ao focar em uma tarefa, saíba das
consequências que a mesma terá nos outros pilares da sua vida e veja como fazer
para mitigar possíveis problemas antes que eles ocorram.
Sempre que
posso enalteço o respeito, sentimento de privilégio e orgulho que tenho em
trabalhar em uma empresa como a Microsoft (a qual completei 10 anos em
Janeiro). Não apenas pelo fator tecnologia, mas também pela forma que ela trata
o funcionário. Recentemente participei de um treinamento chamado Growth Mindset
(Mentalidade de Crescimento), que é baseada em diversos estudos
sobre o assunto. Inclusive já li o livro Mindset:
The New Psychology of Success, depois de assistir um video do Bill Gates
recomendando este livro. Após o treinamento o time que trabalho se reuniu e
cada membro tinha que externalizar seus pontos a respeito do treino.
Chegando
minha vez eu disse: “adorei o treinamento e aplaudo a Microsoft por incentivar
os funcionários a ter este tipo de mentalidade. Também fico feliz em ver que
muita coisa que usei na minha jornada pessoal de transformação física e mental
desde Outubro de 2011 eram lógicas provadas pela ciência e que tem o nome de Mentaliade
de Crescimento, ou seja, fiz muita coisa simplesmente pelo fato de achar senso
comum, mas na realidade é um tipo de mindset que nos leva à alcançar tais
objetivos.”
Depois
deste meu depoimento fomos então falar da minha jornada pessoal de
emagrecimento ao passo que mantinha equilíbrio em todas áreas da vida e
alcançava múltiplos objetivos, que foi a base do livro “Alcance seu Melhor” que lancei no Brasil
ano passado. Conversa vai, conversa vem e a conclusão maior para este bate
papo foram duas:
Consistência
no que se faz é melhor que maestria temporária: não adianta você mandar ver em
um projeto, ganhar prêmio e tudo mais e depois não conseguir mais executar
naquele nível. Pois isso fere o segundo princípio, que é de melhoramento
contínuo. Consistência
é fundamental, principalmente quando o foco é execução com excelência, até
mesmo você pode ser consistente em ser inconsistente.
Melhoramento
contínuo: a base principal do melhoramento
contínuo é não comparar-se com outros, e sim com você mesmo. Se você teve
um review excelente em 2015, então esse é seu parâmetro para 2016, você tem que
bater você mesmo. Na minha vida profissional ou no esporte, este vem sendo meu
mantra desde 2011 (quando acordei para esta realidade).
Ao abraçar
estes princípios na vida pessoal, no trabalho, na saúde, no esporte e em tudo
que se faz, você vai ver como as peças se encaixam perfeitamente. E é dentro
deste tema que hoje eu anuncio este vídeo produzido por uma empresa aqui do
Texas chamada Aging Evolution,
onde eles mostram um pouco da minha história, do meu mindset e como consegui
esta transformação física e de pensamento que em Outubro deste ano completam 5
anos de pura consistência, dia após dia. Você pode assistir o vídeo abaixo (em
inglês):
Procure ser
sua melhor versão dia após dia, seja consistênte e não movido por “modinhas”
que vem e vão, seja você mesmo e procure melhorar sua vida.
Chegando ao
fim desta semana de trabalho longe de casa, conversando com amigos do
escritório e sempre pensando: obrigado meu Deus, por ter me iluminado no
momento certo. Apesar de ter sido necessário eu chegar ao extremo da minha
gordura para cair na real que tinha que mudar, pelo menos essa mudança veio de
uma forma geral. Por que na realidade só funciona se você manter o equilíbrio
(coisa que falo no livro Alcance
seu Melhor).
Esta semana ouvi alguns amigos (que não trabalham no meu time)
dizendo: cara, mas minha vida é o trabalho, eu não sei fazer outra coisa. Você
não tem idéia do perigo que é dizer isso, fale isso nem de brincadeira meu
amigo. Nossa vida não é eterna, temos prazo de expiração e muita gente deixa
para “viver” quando se aposenta, e o cara já se aposenta com 60 ou 65, aí vamos
lá para a realidade: vai ter disposição de cutir a vida por pelo menos 10 anos
a partir daí? Vai conseguir fazer o que fazia quando tinha 30 ou 40? A vida tem
que ser vivida diariamente e o trabalho por mais mágico e apaixonante que seja
tem que ser “parte” da vida e não “a vida”.
Essa foi
uma ótima semana para mim conversar com pessoas de diferentes partes do mundo,
inclusive conheci pessoalmente (finalmente) após 10 anos o meu mentor que me
orientou nos meus primeiros artigos, trabalhei com ele na época do ISA 2004 e
desde então sempre mantemos contato. Ele, como mora em Israel (perto da praia)
também não gosta do clima de Redmond e estavamos falando como a qualidade de
vida é importante de uma forma geral. Para mim tem que ter sol, sou movida a
luz solar e esta semana foi a primeira vez em 10 anos que venho para Redmond
que tive 3 dias seguidos de luz solar, foi show....a produtividade aumentou
inclusive e o tempo passou mais rápido. Agora isso é algo que é particular para
mim, tem gente que gosta do clima nublado, escuro, da chuva do frio.....beleza,
mas eu (e minha esposa não gostamos).
Por que
escrevi o parágrafo acima? Por que quando falamos de “work life balance”, temos
que levar em consideração TODOS os aspectos, da execução diária do trabalho com
qualidade por você ser apaixonado pelo que faz, até o clima que domina a maior
parte do ano no local que você mora. Todos os detalhes precisam ser pensados e
muitas vezes demora até achar este equilíbrio. Eu só fui econtrar um equilíbrio
completo quando conseguir alinhar os seguintes pontos:
Trabalhar
numa área menos estressante, e que me permitisse pensar em novos projetos e não
apagar incêndio/resolver problema
Manter-me
no local onde eu gosto de morar, no Texas: simplesmente por que adoro o clima e
adoro o estilo de vida do TX.
Ter mais
tempo de qualidade com minha família: isso era primordial, pois muitas vezes eu
tinha o final de semana, mas muitas vezes estava oncall e nem podia sair para
longe – época complicada para a vida pessoal (muito boa para o ego, pois você
no começo se acha o cara em resolver problemas escalado para o último nível),
mas com o tempo você amadurece e encherga que não a ego que pague tempo de qualidade
ao lado da sua esposa e filhas, isso não tem preço.
Reduzir meu
peso: além do fato que estava afetando minha saúde, estava afetando meu
psicologico, não conseguia fazer nada que cansava, nem brincar com minha filhar
– estava virando uma parasita gordo.
Buscar um
hobby que me trouxesse uma felicidade fora do trabalho: na boa, eu trabalho com
tecnologia a 23 anos – ficar falando de tecnologia fora do trabalho estava me
pirando. Neguim chegava para mim no final de semana começando a frase: “Yuri, é
que estou com um problema”....macho vá se lascar pra lá! Encontrei essa válvula
de escape com o fisiculturismo e tocando bateria.
Ao colocar
tudo isso na balança, e achar o ponto de equilíbrio, aí sim, a vida começa a
ficar super, super interessante, praserosa e os stresses que viram (claro,
sempre existe cenários indesejados) ficam mais fáceis de serem resolvidos pois
sua cabeça está sempre “fresh”.
Isso não é
uma receita de bolo, o que funciona para mim pode não funcionar para você, até
mesmo por que cada indivíduo tem suas prioridades. A única coisa que digo é:
não caia na besteira de querer curtir a vida intensamente apenas quando estiver
na terceira idade. Viva cada dia intensamente, pois a realidade é que nunca
sabemos o que vai acontecer no dia de amanhã. Se tiver algo para falar para
alguém, fale, não se acanhe. Se tiver que elogiar, coloque o chapéu da
humildade e elogie. Não espere o melhor momento, pois as vezes ele nunca chega
ou você nunca mais terá a chance de dizer aquele “obrigado” que você queria.
Hoje foi um dia que esperei 10 anos para olhar no olho deste meu amigo de
Israel e dizer: cara, obrigado por ter me
mentorado e se hoje eu escrevi 17 livros, você foi quem abriu as portas para
que eu publicasse meu primeiro artigo – então você tem participação direta no
que eu alcancei nesta área. Eu disse pois eu não sei quando vou ter essa
chance de novo e é algo que eu precisava que ele soubesse. Agora, nem todo
mundo é assim, eu mesmo já ajudei muito caboco que depois que engrossou o pescoço
nem olha direito para mim e sequer me disse um obrigado. Infelizmente, faz
parte, até mesmo por que minha formação profissional começou como Professor, e
como Professor agente não escolhe quem quer ensinar, agente ensina sem exigir
nada de retorno – é o nosso dever.
Uma das
melhores coisas que ocorreu essa semana foi ouvir um amigo que chegou no meu
time e disse: cara, estou muito feliz aqui, que alívio e que mudança boa.
Fiquei ultra feliz em saber que ele agora vai ter mais tempo para a família
dele e vai continuar fazendo o que gosta, desbravando algo novo. Mês que vem um
outro amigo que trabalhei com ele a 8 anos atrás no time de segurança vai
juntar-se ao nosso time, e em conversas com ele no fone ele já consegue sentir
a diferença. Eu fico super feliz em ver isso pois vejo eu exatamente a cinco
anos atrás e sei a sensação que é conseguir tomar de conta das redeas da vida
novamente.
É isso aí
pessoal, busque seu equilíbrio, mas não só em uma área da vida, em todas!
Busque a felicidade completa, o que inclui sua saúde, pois sem saúde, não
adianta ter bom emprego e bom salário, pois vai mais cedo ou mais tarde usar
tudo isso para comprar remédio e viver lascado. Te alúi mah!
O crime que
revoltou o Brasil na semana passada não é algo anormal, na realidade a cada
11 minutos uma mulher é estuprada no Brasil. Porém, o fato barbárico de
terem sido 33 animais que se vangloriaram em rede social do ato cometido trouxe
a tona o assunto que jamais deveria sequer ser esquecido. Este assunto também
trouxe a tona os comentários sarcásticos de quem ainda acha que a culpa é da
vítima e por isso o meu post está sendo entitulado “mas também”.
A lógica de
quem coloca a culpa na vítima (seja qual for o caso) é a seguinte:
O cidadão
trabalha, estuda e sempre galga ter algo melhor nada vida. Poder oferecer
conforto para sua família e curtir o RESULTADO do trabalho. O cidadão compra um
carro bom, uma boa casa, se veste com as roupas que ele gosta e ao ir passear
em um local público é assaltado. Levam relógio, celular, tênis de marca, etc.
A lógica do
“mas também” vem e diz: mas também, fica esbanjando riqueza, andando com
relógio bom e passeando com carrão, taí, se lascou.
A garota usa
uma saia mais curta (pois gosta), ela coloca fotos na rede social mostrando
seus atributos que foram fruto de treino, boa alimentação (ou simplesmente
genética). A garota é estuprada.
A lógica do
“mas também” vem e diz: mas também, fica se exibindo com essa microsaia, tá
pedindo para ser assediada. Taí, bem feito.
O cidadão tenta
usar do seu direito de liberdade de expressão, vai para faculdade com a camisa
de um candidato. Chegando nesta universidade que é um redulto da ideologia
contrária ao candidato, começa a repudiar o cidadão, falando palavrões e até
chegando a agredir físicamente.
A lógica do
“mas também” vem e diz: mas também, vai para universidade vestindo essa roupa
de facista, tem mais é que se fuder mesmo.
Nestes três exemplos há uma coisa em comum: a intolerância. Se você concorda com o exemplo dois mais acha que os exemplos um e três são merecidos, então você é parte sumária do problema. É muito fácil sermos tolerante com o que concordamos e acreditamos, mas se queremos diversidade precisamos olhar para todos os lados e RESPEITAR a todos.
Em Fevereiro e Março fui para dois shows do Iron Maiden, em Fevereiro em Tulsa, Oklahoma e em Março em Tacoma, Washington. Nestes dois shows tinha representantes de Igrejas Batista com um cartaz imenso dizendo “Jesus Salva” e pessoas pregando na fila, para a multidão de preto. Sabe o que aconteceu com estes crentes? Nada. Sabe o que os “Metaleiros” fizeram? Nada. Simplesmente ignoraram e alguns até chegavam perto e batiam foto com a pessoa. Isso chama-se tolerência e respeito. Mas no Brasil, se isso ocorre, alguém vai lá e mete o sarrafo no cara, e aí vem a turma do “mas também” e diz: mas também, fica pregando Jesus no meio de um monte de metaleiro, taí bem feito.
Pois é, se você pensa assim: VOCÊ É PARTE DO PROBLEMA!!!
É muito bonitinho se revoltar, trocar foto de perfil no Facebook, quando a coisa atinge diretamente agente, mas a pergunta que fica é: no dia a dia, você usa a lógica do “mas também”? Não adianta vir para mim e dizer que é uma questão cultural ou de tradição, nem tudo que é cultural e feito a anos é correto (vide o meme abaixo).
TRADIÇÃO - Só por que você sempre fez desta forma, não significa dizer que você não é incrivelmente estúpido.
Vejo pessoas que tem dois carros (um bom e um lascado) para poder viver sem ser assaltado. Pois no dia a dia usa o carro fudido e somente em algumas situações usa o carro bom. Isso foram um dos motivos que me levaram a sair do Brasil a 13 anos atrás, a impossibilidade de usufruir do fruto do meu trabalho, pois sempre vivia com medo de ser assaltado e sempre me neguei a ser um seguidor da cultura do “mas também”.
Por fim vamos deixar bem claro: a vítima não tem culpa. Nos três casos acima, os que sofreram com a intolerância da sociedade são vítimas e ponto final.
O
famigerado Cortisol, também conhecido como o hormônio do stress não
necessariamente precisa ser o vilão da sua vida, porém se você ignorá-lo, ele
será. Desde que mudei meu estilo de vida em Outubro de 2011 (inclusive amanhã
fazem extamente quatro anos que escrevi
meu primeiro post sobre esta mudança) eu tenho observado de perto este
hormônio nos meus exames. Em 2012 quando fiz a primeira bateria completa antes
de entrar na mudança de vida, este cortisol estava ridiculamente alto, que
refletia diretamente no meu comportamento. Sim, pois o cortisol tem um papel
direto no seu comportamento (ver
este estudo da Universidade Concordia).
Os anos
foram se passando e com à atividade física e boa alimentação eles foram
voltando ao normal, apesar de não estarem perfeito. Porém, foi em 2015 que meu
nível alcançou o maior ápice de perfeição, fazendo com que meu médico olhasse
para mim e perguntasse: rapaz, seu resultado aqui é de uma pessoa “stress free”
e estou curioso para saber o que você fez para chegar neste nível, pois sei que
trabalha com tecnologia e isso por si só já é algo que pode ser stressante.
Olhei para ele sorrindo e disse: Doutor, minha filha mais nova esta tocando
bateria e todos os dias depois do expediente agente pratica junto, estuda a
música junto e damos muitas risadas. Ele olhou para mim e disse: that’s it (é
isso)!
Diversificar
é de suma importância para sua saúde, sair de um cenário onde você está imerso
em problemas para resolver, pesquisas para fazer e respostas para fornecer para
um cenário onde você apenas se diverte é quase que uma medidação. Para alguns
este momento zem vem através de uma corrida a noite, uma ida para academia,
etc. Como eu faço minhas atividades físicas pela manhã, a noite eu preciso de
algo que “reinicie” minhas idéias e que me faça esquecer de qualquer problema
do dia, resposta: música.
Mês passado
assisti uma palestra de um PhD em exercício físico onde ele falou exatamente isso:
“muito fisiculturista chega para mim reclamando dizendo que não está vendo
progresso, come bem, treina bem, dorme bem e não vê resultado – minha primeira
pergunta é: como está seu nível de cortisol?”...ficou claro através dos dados
científicos que ele mostrou que um alto nível de cortisol vai ter impacto
direto (e negativo) na sua recuperação muscular, ou seja, você pode estar
fazendo tudo certinho, mas se os níveis de cortisol estiverem altos, não vai
ter o resultado que poderia estar tendo.
Alguns efeitos colaterais do cortisol
alto incluem:
Ou seja, é
de lascar né mah?! Algumas coisas básicas podem ser feitas para reduzir a
probabilidade de aumento do cortisol, como por exemplo: parar de ficar
discutindo online sobre política (é sério mesmo)! Já teve estudo feito
em adolescentes que mostraram que só o fato de ter uma rede grande de amigos
online aumenta o nível de cortisol. Gerenciar
este hormônio é super importante, e evitar discussões que só vão lhe trazer
dor de cabeça é uma forma (free) de ajudar neste gerencimento. Eu venho
tentando me controlar cada vez mais, pois na situação atual do Brasil, estou
vendo muito mais uma auto-destruição que uma evolução. Vejo lado A torcendo
contra lado B e vice-versa, e quem pede com isso é o Brasil. Mas, isso é papo
para outro post, até mesmo por que tocar nesse assunto eleva meus níveis de
cortisol e disso eu não preciso.
Se tem uma
coisa que pode atrapalhar seu progresso de vida é a sua mente, a forma como
você encara a vida e os obstáculos. Pessoas que insistem em ser vítima em tudo
que é situação, crescem pensando que o mundo está contra ele, e que “assim fica
complicado progredir”. Vamos começar por uma realidade bem simples: o mundo não lhe deve nada e o mundo não tá
nem aí para você – ou seja é neutro. Então comece sempre partindo do
pressuposto que você é que tem que fazer por merecer ter algo e que se não conseguiu de primeira, continue
tentando, uma, duas, três, quatro, seja quantas vezes forem necessárias.
No final da
minha palestra motivacional que ministrei aqui no Texas eu terminei citando a Diana
Nyad, uma pessoa incrível. Se você não sabe quem é, vou lhe refrescar a
mente: Diana foi aquela nadadora que tentou atravessar a nado de Cuba até a
Flórida. Ela falhou (ou aprendeu como ela mesmo disse) quatro vezes, e aos 60
anos (isso mesmo 60) ela finalmente conseguiu a travessia na quinta tentativa.
Agora vejam
só se Diana tivesse desistido achando que o mundo estava contra ela? Por que durante
estas tentativas, ela passou por ocasiões quase que fatais, por pouco mesmo não
morreu. Aí é que pensamos: por que uma mulher com 60 anos, cheia de recordes,
com uma situação financeira estável, com tudo na vida e ainda quer se
aventurar, correndo até risco de morte? Simples amigos e amigas: por que ela
está viva e sente que ainda tem chance de alcançar algo que ainda não
conseguiu.
Mas isso é
o resultado de um “mindset” extremamente focado, Diana com certeza não cresceu
sendo “a coitadinha”, cresceu com um mindset de “guerreira”, de alguém que se
não tem algo, vai trabalhar e fazer o melhor possível para ter, e que se falhar
vai encarar a falha como um aprendizado para tentar de novo, e de novo até conseguir.
Uma pessoa que não conhece a derrota e está sempre no topo, muitas vezes é uma
pessoa até mais frágil, pois quando perde fica sem chão. Quer exemplo melhor
que a tragetória da Ronda no UFC? Ela mesmo disse que depois da derrota teve
vontade de se matar. Por aí você tira a importância que é viver levando
pancada, se levantando e batendo. São estas pancadas e principalmente a forma
com que você vai se re-erguer após cada “cipuada” que leva que vai determinar
seu futuro e suas conquistas.
A vida de
coitadinho é complicada, pois o cara falha e já começa a pensar de quem foi a
culpa (claro, nunca é dele – é do mundo), e com isso perde-se a credibilidade e
você deixar usar tais derrotas como uma forma de aprender – resultado: vive
fudido e reclamando da vida, e pior - enchendo o saco dos outros com esse mimimi.
Quando subi
no palco pela primeira vez para competir em um campeonato de fisiculturismo eu
já tinha em mente alguns pontos: eu já era um vencedor independente do
resultado, pois estava ali após 10 anos de obesidade e com 45KG a menos.
Pronto, eu já construi minha própria vitória, agora era hora de aprender.
Terminei em penúltimo e sai do palco sorrindo mais que o terceiro colocado. Mas
também saí pensando no meu próximo objetivo, disse para mim mesmo: ano que vem
quero uma medalha, quero estar entre os três primeiro. Em 2015 foi exatamente
isso que ocorreu, segundo lugar na categoria Master aberta e terceiro lugar na
categoria meio pesada. Agora se eu não tivesse tentando com medo? Ou se eu tivesse desistido após me ver em penúltimo e pensar que o mundo estava cotra mim? Bem...você já sabe o que teria ocorrido...pois é...nada.
Perdermos,
perdemos e ganhamos, as vezes perdemos e ganhamos e as vezes só ganhamos, mas isso
é a vida. Use as derrotas a seu favor, não procure alguém para culpar, antes de
mais nada olhe para sí mesmo e veja aonde você errou e a partir dali comece a
melhorar. Deixe o mindset de “coitadinho” de lado e comece a viver intensamente
em busca dos seus objetivos.
Tudo na
vida é uma questão de referência, o que é quase nada para alguns é uma fortuna
para outros. Ano passado antes de ir para o Brasil no mês de Dezembro (depois
de 12 anos sem estar lá durante o Natal) eu resolvi comprar uns presentes para
umas crianças do Lar Amigo de Jesus. Queria usar esta data especial para
presentear estas crianças (algumas em fase de tratamento de câncer). Ainda aqui
no Texas, fui com minha esposa comprar estes presentes para 50 crianças. As
vezes durante a escolha do presente eu pensava: mas isso aqui, não é nada, será
que vão gostar? Pois como eram muitas crianças, eu tinha que alinhar meu
orçamento para conseguir algo semelhante para todas. Pois bem, um dos presentes
que comprei que achei que não fosse dar em nada, foi o que trouxe mais sorriso
para estas crianças, olha a carinha de felicidades delas com estas canetas:
Foi neste
dia que esta questão da referência fez total sentido para mim, mais ainda. A cada presente que eu entregava e via tal alegria eu pensava sobre isso, e aí estou eu, de Papai Noel com mais uma criança que fez meu dia mais feliz:
As
referências são importantes para tudo na vida. Quando comecei a trabalhar com
informática em 1993 a minha referência era um programador que tinha no meu
departamento, o cara fazia programa....puta merda, aquilo era o “cão” (era tu
mesmo Leite Jr.), afinal, eu só sabia usar o MS-DOS 5.5, Quatro Pro, WordStar e
o Fácil. O tempo foi passando, eu fui evoluindo e ao entrar na SW Informática,
o Serra (dono da empresa) virou meu amigo e tornou-se minha maior referência no
saber e no caráter. A cada emprego que passava eu sempre buscava uma
referência, pois aquilo me fazia evoluir como profissional. Muita gente hoje em
dia se acha tão “bala” que SÓ usa como referência o “Bill Gates” (o que não há
nada de errado), mas é sério que você acha que seu próximo passo vai ser virar
o próximo Bill Gates? Peraí mah, naixa a bola “mininum”, vai com calma. Você
pode sim ter estes ícones como referência macro, mas é importante também ter
alguém no seu ciclo de amigos como referência, alguém que possa lhe mentorar e
lhe ajudar à crescer.
Essa semana
fui surpreendido (se você estiver lendo este post vai saber que me ligou) por
uma ligação interna no Skype de trabalho da Microsoft. Um rapaz, com sotaque da
terrinha me ligou e disse: cara, tudo bem? Você não vai lembrar de mim, mas fui
seu aluno na LanLink no curso de NT em 1999. Macho lembro não, me desculpe...rimos
e ele me contou tudo e disse: sempre usei
você como referência e hoje estou aqui trabalhando na Microsoft, queria te
agradecer por isso. Poxa cara, aquilo ali fui bom demais, pois o que foi
plantado em 1999 foi alcançado, eu eu fiquei super feliz por ele.
Tenho 10
anos de Microsoft e todo ano para mim é um novo desafio, pois sempre tenho que
fazer algo melhor que no ano anterior, e para isso eu preciso de referências,
preciso continuar evoluindo, a cada ano novas parcerias e as que estão dando
certo, devem ir para o próximo nível. No fisiculturismo tenho minhas
referências: o ícone Arnold Schwarzenegger – não só pelo físico alcançado no
seu auge, mas por que foi um imigrante, alguém que chegou sem sequer falar
inglês direito e teve sucesso em três áreas distintas: fisiculturismo, política
(governador duas vezes) e cinema, você pode não gostar dele, mas não tem como
negar que o cara é FODA, pois alcançar tudo que ele alcançou não é para
qualquer zé ruela. E claro tenho referências mais próximas, competidores locais
que me ensinam, com quem aprendo no dia a dia e que me mostram o “next step”.
Portanto
amigos, não pense que ter uma referência é “humilhante” ou coisa de “principante”,
na realidade é coisa de pessas que são humildes suficientes para admitir que
não sabem tudo e precisam de ajuda para alcançar mais – move to the next level.
Uma “profissão”
que vem crescendo muito hoje em dia é “coach” (que nada mais é que um
treinador), mas agora é mais voltado para “treinador motivacional” (motivational
coach) ou “treinador de vida” (life coach). Ao ponto que vejo valor nesta
profissão, é de suma importância você saber escolher bem quem vai ouvir. Uma
coisa é você ouvir um cara de 50 anos que alcançou várias coisas na vida,
transformou a vida de muita gente e tem experiência acumulada pelos anos
fazendo isso, e outra é você ouvir um cara de 20 anos, que fez um curso de “coach”
e já está se achando o salvador da pátria com respostas para todas suas
perguntas. Calma, muita calma nessa hora.
Hoje em dia
quando você vai num nutricionista e ele ou ela é gordo(a) (alto grau de gordura
corporal) e ele olha pra ti e diz: você
está acima do peso, isso é ruim para sua saúde, vou lhe passar uma dieta para
você melhorar. A primeira coisa que você pensa é: arriégua macho, por que tu não segue tua própria dieta. Hoje em dia
não há espaço para “teoria” apenas, você tem que aplicar o que vende e ponto
final. Isso é aplicável em tudo, não só na área de saúde mas na área de
tecnologia também, assim como em todas as áreas.
Por isso
não acredito em “produtos” que vendem “bem estar”, por exemplo: você conhece
alguém com alto grau de gordura corporal que já tentou lhe vender um produto
que diz que vai te ajudar a emagrecer? Eu conheço vários. E meu amigo, não
adianta ter ciência, não adianta mostrar estudo se o seu vendedor parece mais
um vendedor de cerveja com aquele bucho quebrado. Muita gente já me contactou
para pedir dicas para emagrecer, para passar série de academia, e até me propós
pagamento para que eu treinasse a pessoa...por que sempre digo não? Simples: eu
não sou um profissional qualificado para isso. Eu posso mostrar o caminho das
pedras, te dizer para onde ir, mas você vai precisar de um nutricionista para
lhe acompanhar por esse caminho, você vai precisar de um treinador de verdade
para lhe guiar nos exercícios.
Quando
escrevi o o livro “Alcançe seu Melhor”
com uma fisiculturista profissional, eu me confiei nela para dar as dicas de
nutrição e treino, pois apesar de saber o que funciona para mim, eu não acho
responsável da minha parte lhe dar uma dica sem ter a qualificação necessária.
Eu acredito muito no papel da qualificação técnica, saber os porques das
coisas, e ter uma entidade que lhe certificou para isso.
Recentemente
meu ex treinador, amigo e dono da Destination me chamou para
ser um “Motivational Coach” para a
turma que está fazendo o “Transformation
Challenge 2”, meu papel é simples: motivar
baseado no que eu aprendi na minha jornada de perder peso. Eu aceitei na
hora, pelo simples fato de que ali estou apenas compartilhando minha experiência
no trajeto de perder peso e tem treinadores qualificados para ajudar as pessoas
no processo nutritivo e de treinamento cardiovascular/pesos.
Fique muito
atento pessoal, com essa geração de “life coach” que nunca alcançou nada
considerável, não tem experiência e tem apenas um curso com um diploma. É
possível aprender técnicas de Life Coaching, mas NADA, absolutamente NADA
substitui a experiência e mais importante o sucesso pessoal que aquela pessoa
tem ano após ano. Até mesmo porque fazer algo grande que lhe dê um sucesso
temporário é fácil, quero ver manter o sucesso constantemente durante anos e
anos executando exatamente o que você prega. Isso sim, é o que da credibilidade
para alguém ser um life coaching.