segunda-feira, agosto 24, 2015

O ontem, o hoje e o futuro

Hoje (dia 24 de Agosto) completamos 20 anos desde que o Windows 95 foi lançado. Lembro de estar em uma sala de treinamento na SW Informática quando o dono da empresa (Antonio de Barros Serra) ministrava um treinamento para os funcionários mostrando como o novo sistema operacional funcionava. Muita coisa mudou de lá pra ca, não só na tecnologia em si mas também nos requisitos para ser um profissional de tecnologia.

Recentemente escrevi um artigo para o ISSA Journal sobre carreiras na área de Segurança da Informação, esse artigo será publicado na edição de Outubro (para membros do ISSA) e nele mostro o quão diversificado é o escopo de hoje em dia. Com o advento de Computação na Nuvem, Mobilidade, Internet of Things, Segurança e todos estes temas juntos, o conhecimento “broad” torna-se mais importante que o conhecimento “narrow” (também chamado de especialista). O problema em ter que digerir todo esse conhecimento e agir em diversas áreas enquanto ainda está digerindo tudo isso é um só: stress.

Por mais que você ame o que faz, é possível entrar em um estado que chamamos aqui nos EUA de “burn out”. Alguns sinais comuns que você está entrando neste quadro foram expostos na Forbes em 2013:

  • Exaustão
  • Falta de motivação
  • Emoções negativas como o cinismo
  • Queda de desempenho no trabalho
  • Problemas pessoais
  • Relaxar no cuidado pessoal
  • Constante preocupação com trabalho
  • Redução de satisfação
  • Problemas de saúde

Esse tendência já foi provada e comprovada e com os últimos acontecimentos relatados no New York Times com relação à Amazon, outras pesquisas foram feitas e concluido que a insatisfação é muito maior que apenas para funcionários da Amazon.  Cinco mil engenheiros foram entrevistados e a conclusão geral foi que a grande maioria de fato tem uma maior remuneração, porém são mais insatisfeitos que trabalhadores de  outras áreas. A matéria da resportagem diz: Tech workers richer but less happy than most workers.

E agora, qual a alternativa para sobreviver neste mar de informações, trabalho, desafios e se manter saudável ao mesmo tempo que evita o efeito “burn out”? Quem me acompanha sabe das minhas mudanças de estilo de vida que começaram em 2011 e recentemente foram mostradas na revista Época no Brasil. Para mim, o longevidade na área e o balanceamento entre os quatro principais pilares da vida (uso este termno no livro que lancei recentemente aqui nos EUA, onde falo sobre este balanceamento), que são: Saúde, Família, Trabalho e Social (amigos, comunidade, etc) são vitais para qualquer profissional, mas para nós na área de tecnologia mais ainda.

Note que coloco saúde em primeiro lugar, pois sem saúde você não tem como cuidar da sua família e nem trabalhar. Com isso, é PRECISO manter a máquina funcionando em estado perfeito para que você tenha longevidade no trabalho e na sua vida pessoal. O pilar da saúde vem no equilíbrio de duas coisas: alimentação e exercícios. Não há dúvida que o que você come interfere diretamente na sua performance, eu sou prova disso. Ao mudar minha alimentação tive um ganho de performance em todas áreas da minha vida.

Em fim, é uma batalha contínua para todos profissionais de TI, mas tente ao máximo sair dessa estatística de stress, burn out e queda de performance. Cuide da sua máquina, pois caso contrário não conseguirás cuidar da máquina dos outros no futuro.

Saúde e Sucesso pra todos!

domingo, agosto 23, 2015

Impossível se conformar

Entre 14 e 28 Julho, pela primeira vez eu e minha família não tiramos férias para ir para o Brasil, resolvemos fazer nossa primeira Eurotrip juntos. Foram maravilhosos cinco dias em Londres e cinco dias em Paris e três dias em Montpellier no sul da França. Minha experiência na Europa tinha sido apenas em Porto (Portugal) e Madri (Espanha), em ambos locais tive uma excelente experiência.

Voltando para Eurotrip deste ano, sem dúvida Londres foi a melhor parte da viagem, povo educado ao extremo, clima estava ótimo, cidade linda, sistema de transporte perfeito e claro: é a terra do Iron Maiden! Que diga-se de passagem tive a oportunidade de ir no primeiro pub que eles tocaram:

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Londres foi perfeito! Paris….humm, que decepção! Não pela cidade em si, as belezas, a comida, os prédios antigos, não por isso…na realidade isso salvou a ida, foi pelo povo truculento mesmo. Pessoas rudes que em pleno um centro turistico como Paris ficam com cara feia se você não fala Francês e quase não se esforçam para entender o que você fala. Mas, apesar da truculência, tivemos excelentes momentos.

Peraí Yuri, e o que tem haver isso com o título deste post (impossível se conformar)? Cara, quando eu estou viajando eu sempre me lembro da minha terra de origem, das belezas naturais da minha Fortaleza e do potencial da terra. Aí bicho, penso: poxa, seria tão bom se as coisas de fato estivessem funcionando naquela terra!!

Ao “tentar” assistir o jornal com notícias do Brasil eu só vejo desgraça. Uma que me revoltou muito foi essa aqui: Dupla tenta roubar bicicleta de turista na praia e quase leva criança. Eu sou Pai, e ao ver este vídeo fiquei desesperado, pois eu apenas imagino o desespero do Pai ao tentar salvar o filho.

Agora veja só, esta é uma praça onde as pessoas em teoria deveriam se divertir com a família, andar de bicicleta, cutir o mar, etc. Aí acontece isso, e segundo os moradores isso acontece todo dia. Agora me diz, o que adianta morar em frente ao mar e não ter segurança?

Aí voltamos para minha Fortaleza, vou passando as notícias e vejo: Americano agredido no Ceará deixa país e escreve carta: 'Não venham'. Aí vem um monte de bairrista e diz: “também, não sabe aonde anda!” Sério que agora a culpa é do assaltado/agredido? Em plena luz do dia em uma praia movimentada? Ao passo que as autoridades tem total culpa nisso, o povo também ajuda, pois ao invés de cobrar fica defendendo o lugar que mora, com comentários do tipo: “Grigo besta não diga por aí que não volte, amo minha Fortaleza”. Peraí, é o que? Macho, tu que fala isso é total parte do problema. Me lembra diretamente aquela mãe que ver o filho fazer coisa errada e ao invés de corrigir passa a mão na cabeça. Que porra de amor é esse? Estas criando um futuro delinquente?

Tá tudo errado…tudo! O criminoso tem direito de sair da prisão no dia dos Pais, e o que ele faz? Veja o que ele faz: Jovem é preso após espancar e abusar de idosa durante saidinha do Dia dos Pais. Essa senhora é um pouco mais nova que minha mãe, e aí? Que lei é essa que libera criminoso?

Por isso o título deste post, pois após visitar outros países além do que moro, vejo que o Brasil está longe de ser um local onde eu recomendaria minhas filhas a morarem. Para mim é triste dizer isso, mas não comprometo a segurança da minha família por “amor a pátria”, até mesmo por que amor de uma via só não funciona, é preciso que a recíproca seja verdadeira.

sábado, agosto 15, 2015

Não existe “Normal”

Os meses de Junho até o momento foram muito gratificantes para mim, pois foram meses que colhi muito do que plantei por anos. Em Junho alcançando o segundo lugar no master de fisiculturismo no torneio que ocorreu no estado de Oklahoma, em Julho lançando meu primeiro livro não técnico em um evento na academia Destination (ver vídeo aqui – obrigado Emilio Mansur pelas legendas) e ainda em Julho fiz uma viagem para Europa com minha família, nossa primeira Eurotrip. Tudo isso é fruto de trabalho, seja ele na academia, no escritório, na cozinha, em qualquer lugar – trabalho!

Para coroar estes meses de colheita, semana passada saiu esta reportagem na revista Época impressa e ontem (sexta 14 de Agosto) saiu essa aqui na revista online. Bem, eu fui inundado de congratulações por amigos e isso para mim é bastante gratificante, pois não é apenas um reconhecimento mas também um uma formar de mostrar que é possível – para qualquer pessoa! Um dos comentários mais marcantes vieram de dois um ex-alunos, ele disseram:

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O motivo pelo qual estas declarações são importantes para mim é devido ao fato de eu ter sido Professor destes caras em 2003 na faculdade e para um Professor não existe recompensa maior que saber que todo seu esforço de passar uma mensagem que impacte seus alunos além da sala de aula tenha sido digerida e guardada para sempre. É isso que agente leva nessa vida, a forma com que impactamos positivamente as pessoas que estam ao nosso redor, o que podemos fazer para ajudá-las a crescerem como pessoa.

Claro, todos compartilhamentos e declarações foram importantes, mas gostaria de enfatizar estes dois por este motivo, pois foram frutos plantados em sala de aula, de um curso superior, a noite quando todo mundo já vinha do trabalho cansado.  Agora vem a pergunta, e o que você quer dizer com “não existe normal”?

Quando você se expõe para o público você precisa estar pronto para palavras de apoio mas também para críticas (na maioria das vezes destrutivas). E eu já me acostumei com isso, pois a Internet vocalizou uma legião de calados que querem de qualquer forma dar sua opinião, mesmo que esta opinião seja destrutiva para outra pessoa – não interessa, o caboco quer é falar!!

Pois bem, na página da Época no Facebook comecei a ler alguns comentários sobre a matéria e claro tem todo tipo de opinião, boas, ruins, ridículas, etc. Mas teve uma que me chamou atenção, o cabra diz: “Ainda não encontrou o normal, foi para os dois extremos.” Peraí, o que é o normal? Será que o cara leu a reportagem e notou que desde o começo era esse o objetivo (competir em fisiculturismo)? Se este sempre era o objetivo, este é o meu normal, simples assim. Eu poderia olhar para um maratonista, que muitas vezes é um cibito baleado e dizer: fi da peste é só o cibito, não encontrou o “normal”. Mas eu seria um estupido em dizer isso para um atleta que tem como objetivo correr em provas de longa distância e com isso o corpo dele é assim e aquilo é o normal dele.

Então meus caros, não existe normal. Não caia nessa de querer ser normal perante a visão dos outros. Eu nunca quis me enquadrar neste normal, pois geralmente o normal não consegue alcançar muito na vida, pois ele tem uma visão limitada do que é possível. O normal usa a experiência frustada dele mesmo como parâmetro, do  tipo: se eu não consegui e fulano consegui é por que ele está fazendo algo errado, algo ilegal ou tem alguém ajudando ele. Em outras palavras, não é mérito do cara, pois o “normal” não conseguir.

Esqueça normal, viva intensamente, quebrando paradigmas, barreiras e sempre pensando “ahead of the curve” (na frente da curva). Não existe normal!